sexta-feira, 4 de junho de 2010

Beth Chegou

01.06.2010 – TERÇA-FEIRA – Hoje na hora do almoço Heloisa me disse que Beth França virá passar o próximo final de semana prolongado conosco. Tive de me conter para não demonstrar toda a alegria da notícia; sei lá, a Heloisa poderia não entender nada... e nem eu. Sei apenas que Beth, tivesse eu de fazer uma lista de benquerenças nesta vida, figuraria com louvor nas primeiríssimas colocações. Vai lá eu agora querer explicar o porque disso. Sei apenas que se eu fosse buscar as raízes da minha admiração por ela, certamente iria dar com os costados lá pelas bandas de Angra dos Reis, onde Heloisa morou na década de 60. Lá, Beth e sua família (Dª Juracy, Dr. França e Berenice) amalgamaram-se -seria essa a palavra? – com Heloisa; e não fico em dúvida de afirmar isso porque, na forma lúdica de ver a vida, Heloisa e Beth ficaram muito amigas, amigas siamesas eu diria; sim, porque alguma coisa – e não me perguntem o que – as une apesar das infindáveis angulações do perfil existencial de cada uma. E como eu estava passando por perto, já que havia eleito Angra como escala obrigatória do meu namoro com Heloisa, envolvi-me de corpo e alma nessa simbiose. O clã da Beth pilotava o ranking da aristocracia local e Heloisa completou as jóias da coroa com sua beleza e espontaneidade. Começava ali uma relação que desafia o tempo e, aposto, permanecerá inalterada até sempre. Passou o tempo e já meio século nos contemplam. Sucederam-se alegrias e tristezas episódicas na vida de cada uma, sorrisos e lágrimas marcaram essa história, mas o tênue e delicado laço que sustenta essa relação mantem-se novo em folha, como se fora dado há um instante apenas. E vários nomes foram sendo acrescentados numa miríade que não tem fim: Gustavo, Pedro, Rodrigo, André, Matheus, Renata, Sophia... Alguns não se conhecem, nunca se viram, mas se em algum tempo, no futuro, algum prêmio Nobel das intrincadas coisas do coração, inventar um aparelho para mensurar e identificar as coisas sutis da alma, certamente encontrará identidade univitelina no DNA de cada uma das coisinhas fofas acima. Beth me dá esperança para a vida que eu quero ter. O que disse, registro em cartório e não careço de testemunhas.